Fogo sagrado do amor
Ó meu senhor de todos os saberes,
Pude beber a sua santa chama
E no seu fogo arder, posto quem ama
Ser escravo fiel aos seus quereres.
Flor ígnea ter-vos-á. Ainda eu possa
Viver no credo e, ao me sentir inteira,
Submeter-me a vós - ser a amante vossa,
Negar-vos quantas vezes eu me queira.
Se não vos posso ver como presença,
Tão pouco do saber ainda me resta,
Às cegas, a apalpar a vossa essência.
De mim, jamais direi o amor que tive,
Nem do fogo a arder o esquecimento,
Nas dores do morrer que o amor vive.
Canoas, 09 de maio de 2008/RS
Inspirado no verso de Camôes
*O amor é fogo que arde sem se ver*