“CINCO MINUTOS”
Quem se entrega aos seus “cinco minutos”
de explosão, ou de fúria que cega,
e se torna o mais bruto entre os brutos,
relegando o bom-senso que prega?
Quem se curva a tão altos tributos
por agir sem pensar, e se apega
à ilusão de que seus atributos
não se alteram depois de uma esfrega?
De uma planta doente, sem rega,
impossível colher alguns frutos,
e os que vingam a praga carrega.
Digo a quem seja assim, e não nega:
— No primeiro dos “cinco minutos”,
bebe todas, meu caro, e sossega!