Avante!

Como é amarga e grave essa condolência!

Esse funesto calor desse fervente gelo

Que tanto gela da alma ao fino pêlo

Quanto queima o peito e a consciência!

Sacia-me o fulgor e a clemência

Tingida a sangue em casto apelo:

O uníssono clamado com anelo

Gerado pela massa em veemência!

Inúmeras, vastas glórias vivi.

À noite, contudo, vi se partir

O limite entre vitória e derrota...

Porém, perfazendo o ingrato bengo,

Há de reerguer-te, amado Flamengo,

Mostrando que tua alma não amarrota!

Preto
Enviado por Preto em 08/05/2008
Reeditado em 20/10/2011
Código do texto: T980939
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