Avante!
Como é amarga e grave essa condolência!
Esse funesto calor desse fervente gelo
Que tanto gela da alma ao fino pêlo
Quanto queima o peito e a consciência!
Sacia-me o fulgor e a clemência
Tingida a sangue em casto apelo:
O uníssono clamado com anelo
Gerado pela massa em veemência!
Inúmeras, vastas glórias vivi.
À noite, contudo, vi se partir
O limite entre vitória e derrota...
Porém, perfazendo o ingrato bengo,
Há de reerguer-te, amado Flamengo,
Mostrando que tua alma não amarrota!