ESPERANÇA

Não há quem possa imaginar o gozo

da tua voz me acariciando o ouvido,

divino transe que me põe ansioso

a adivinhar o rosto tão querido.

Ah, tempo ingrato, tempo amargoso

que me elegeu função do teu olvido

quando meu peito arfava desejoso

de ser a taça do amor bebido!

Como me foi, o fardo, ominoso,

do esquecimento que, empedernido,

roubou-me a luz do teu rosto mimoso.

Rosto que, agora, restabelecido

tenho na mente no ato extremoso

do teu alô de esperança vestido.

Edmilson da Silva
Enviado por Edmilson da Silva em 04/05/2008
Reeditado em 04/05/2008
Código do texto: T974671