Coisa Errada
"Saiba que o selênico é a coisa em veto"
Quero a veia rompida no infarto,
Pois sou farto daquilo que calas.
Junte as malas, o quilo e o quarto,
Que eu já parto na ida das valas.
Quando escalas a porta do silo,
Eu oscilo entre o mal de uma vida
E a ferida normal de um vacilo,
Que é o asilo que aporta a saída.
A avenida em repouso se exorta
E comporta o que dizes ao vento:
Seja atento aos juizes da horta,
Pois na aorta é que eu ouso um alento.
Inda agüento um enterro de gizes,
Nas raízes do erro que anseias.