O DEBOCHE
O deboche destila em tuas veias
Quando soltas farpas torpes, tortas
A maldade, querendo ou não, semeias
Deixando as alegrias em mim mortas
Será que não percebes que é fortuito
Ser boa criatura leve e alada
Para imitar os anjos em circuito
Com canto santo, pio em voz de fada?
A fama não é nada, isso pressinto,
Se a ela não acompanha a caridade
Que dentro em mim almejo, canto e sinto
Se queres prosseguir com lealdade
Deixa a maldade e o tolo absinto
E crê ardentemente na humildade