Soneto/As aves de rapina voam bem alto
As aves de rapina voam bem alto,
mas meus sonhos tudo passam mesmo agora
até teu corpo é dele como já o foste outrora
sobe lances de escada nada para ele é sobressalto.
Entre montanhas ele fica tudo lhe é indiferente,
Corre teu corpo, acaricia teus meios remexe teus lençóis
Lambe tua nudez,acaricia tuas coxas, teus peitos,serão como anzóis,
que repuxa perante tua beleza,vê ferver meu sangue quente.
Que não arrefece,mesmo tu desaparecendo
Minha imensa ilusão,de entregar-me a ti ou não,
Porque meu sangue ferve aqui no crescendo.
estou como possuído,como louco em vão
meu corpo mais parece um refendo
desejo-te muito és como que a escravidão.
copyright © A. Manuel de Campos