A própria casa
No fundo, há tantas vertigens na sala,
Que até podem tocar nossos cabelos...
Agarrar-se entre os nossos desmazelos
Fundindo-se – alma nossa que se espalha...
Deixam-nos tontos como orgulhos grávidos
No seu nunca saber o que é um parto...
Mas surge diariamente (jamais farto)
O lar dos nossos temores mais rápidos.
Na solidão crepuscular do sol,
Bem no centro, onde as plumas vertem fogo
E os matagais solares crescem, lisos,
Ali dançam, num grande caracol,
Tantas lástimas, que eu agora afogo...
Em compaixão, em luz, em cor, em risos...