Madrigal de Outono
Desse-me Deus, eu clamei!
E ele me deu as tintas de uma aurora,
E as tintas do arrebol,
Àquela que no casto azul do céu tinge e colora
Em meio a toda a luz sol.
E, eu pedi cantando, novamente, em súplicas,
Se um rouxinol ceder-me-ia uma pena,
E melodioso como uma cotovia,
E brando como um beija-flor,
Só queria com a tinta e apenas
Escrever bem leve,
Com minha melhor caligrafia,
Olhando para sua brancura de neve,
Desse teu peito imaculado e sedutor,
A palavra que representa todo o meu AMOR!