SONETO DE ENCONTRAR
Empurra a vida ladeira acima...
Tropeça, cai, levanta, reapruma...
No ritmo da mudança do clima...
Segue escorregando, toma uma...
Escapa, se puder, pela tangente...
Segura o rojão, sem muita vontade...
Improvisando tudo num repente...
E se de repente, bate a saudade?...
Desmarca qualquer adiável compromisso
Nada é urgente, que importância tem?...
Jeito malemolente fica bem esperto...
Veste-se elegante, põe relógio suiço...
Corre para a rua a encontrar seu bem...
Única hora que tem um destino certo...