Soneto
Se filmar em favela, não dê um tiro
(Hoje, é a situação clara, não preta)...
Pobre autor de novela de vampiro
(Ó culatra da vida e caçoleta)...
Toca-se a concertista ou se dedilha?
Mas que a mulher direita esconda o gozo:
Dirá o que (na Internet) a (ingê)nua filha...?!
Se um bom (cego) fizer-lhe rir, não ria!
Pois rir, como escritor, é perigoso
Às vistas onde tudo é apologia!
Mas meu caro (e)leitor... O que há? Não t(r)ema!
E agradeçamos já aos pés de um cinema
Que nos chupa (às florestas e aos gibis:
Rebanho dos cordeiros mais gentis).
a 21 de Abril de 2008