TERREMOTO
TERREMOTO
A cama balançava como se eu tivesse bebido...
Passado o primeiro susto, lembrei estar sóbrio.
Por trinta segundos tive medo, o meu próprio...
Lembrei do passado, e o que não tinha vivido...
Passaram os tremores, mas a mente em alerta,
Questionava valores até o instante esquecidos...
Quantos planos adiados, fazendo-se prevenido,
De repente a casa cai, então a morte era certa...
Quantas pessoas não ouviriam eu dizer te amo,
As portas dos templos, possuem outros rastros...
A última oração, rezei quando estive um trapo...
Visitas pendentes, e que eu ia sempre adiando...
Só hoje me dei conta da forma como me trato...
E não votarei ser em vida meu próprio carrasco...