TERREMOTO

TERREMOTO

A cama balançava como se eu tivesse bebido...

Passado o primeiro susto, lembrei estar sóbrio.

Por trinta segundos tive medo, o meu próprio...

Lembrei do passado, e o que não tinha vivido...

Passaram os tremores, mas a mente em alerta,

Questionava valores até o instante esquecidos...

Quantos planos adiados, fazendo-se prevenido,

De repente a casa cai, então a morte era certa...

Quantas pessoas não ouviriam eu dizer te amo,

As portas dos templos, possuem outros rastros...

A última oração, rezei quando estive um trapo...

Visitas pendentes, e que eu ia sempre adiando...

Só hoje me dei conta da forma como me trato...

E não votarei ser em vida meu próprio carrasco...

Jacó Filho
Enviado por Jacó Filho em 27/04/2008
Reeditado em 01/05/2008
Código do texto: T963839
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