UMA DOR COM A PUREZA DO LIRIO...
UMA DOR COM A PUREZA DO LÍRIO...
Neste tormento que me consome
há uma dicotomia que me confunde,
tanto pode ser sede como fome,
como a dor da dor que em mim se infunde!
Uma carência de afecto que não comando,
uma demência de amor em que me afundo.
Uma ausência de senso – um desmando,
uma tendência para sair deste mundo!
Nada me conforta – nem mesmo rosas...
Delas fiquei com feridas dolorosas
e passaram... de conforto a ser martírio...
Não há flores, nem amores, nem refrigério
para uma dor que nem sequer tem mistério.
É apenas uma dor com a pureza do lírio!...