UMA DOR COM A PUREZA DO LIRIO...

UMA DOR COM A PUREZA DO LÍRIO...

Neste tormento que me consome

há uma dicotomia que me confunde,

tanto pode ser sede como fome,

como a dor da dor que em mim se infunde!

Uma carência de afecto que não comando,

uma demência de amor em que me afundo.

Uma ausência de senso – um desmando,

uma tendência para sair deste mundo!

Nada me conforta – nem mesmo rosas...

Delas fiquei com feridas dolorosas

e passaram... de conforto a ser martírio...

Não há flores, nem amores, nem refrigério

para uma dor que nem sequer tem mistério.

É apenas uma dor com a pureza do lírio!...

HELENA BANDEIRA
Enviado por HELENA BANDEIRA em 08/01/2006
Código do texto: T96177