Segundo soneto a Rita
O soneto a seguir é parte do conto Labirintos de Rita
Rita de mil rostos desconhecidos
De mil momentos desperdiçados
Por mim na eterna, e adiada, ânsia,
De ver-te o rosto. Mas a distância
Que mantém de mim é tão cruel
Que agora, prostrado sobre o papel,
Tento enxergar a além da máscara
Em que tua face reclusa se ampara,
Mas nada vejo além do imenso
Vazio que me circunda a vista
Ao esconderes-se sem compaixão,
E então eu me tranco na solidão
De tua ausência e, louco, penso
Que é apenas uma sombra, Rita.