Segundo soneto a Rita

O soneto a seguir é parte do conto Labirintos de Rita

Rita de mil rostos desconhecidos

De mil momentos desperdiçados

Por mim na eterna, e adiada, ânsia,

De ver-te o rosto. Mas a distância

Que mantém de mim é tão cruel

Que agora, prostrado sobre o papel,

Tento enxergar a além da máscara

Em que tua face reclusa se ampara,

Mas nada vejo além do imenso

Vazio que me circunda a vista

Ao esconderes-se sem compaixão,

E então eu me tranco na solidão

De tua ausência e, louco, penso

Que é apenas uma sombra, Rita.

Odair J Alves
Enviado por Odair J Alves em 23/04/2008
Código do texto: T958859
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