Minha poesia morreu IV

Deitado sobre o firmamento

Contemplo no céu minha poesia,

Ao lado do anjo safado que sorria

De seu vôo que era um alento.

Sentia em suas asas brancas a liberdade,

Vontade de ser nuvens e não podia...

Por ser apenas da Arte a essência e a magia.

Tal qual substância abstrata da realidade.

Volte poesia minha alada

Que voas longe do meu ar,

Do meu lirismo um tanto que exalada,

Que de mim matada

Na jaula da morte a voar.

Rogo-te! Que volte em vôo belo de fada.

Vavá Borges
Enviado por Vavá Borges em 22/04/2008
Código do texto: T957487