Ao Pé da Morte
Ouvi do vento avisos aviltantes,
Dos sussurros os sustos sustentei.
Ao pé da morte medram vãs instantes,
E, dos instantes, medra a nova lei...
Senti no cerne senhas saltitantes,
Estranhas reentranhas que entronei.
Soa o sino o soar – sons dissonantes.
Grita o cego: - O caolho é nosso Rei!...
“A mão que dá é a mesma que retira”,
“Rio que passa nunca mais retorna”,
E, “Pestaneja quem ama a mentira”...
Ao pé da morte bastam os avisos,
A vida quente – esfria após ser morna.
Tem mais tristezas - que doces sorrisos...
Gigio Jr (Poemas da Meia Idade – 2005)