Fim de Jornada
Fim de jornada
Quando saí de casa, imberbe ainda,
Cheio de sonhos, pleno de alegria
Pensando ser aquele dia o dia,
Inicial de uma aventura linda.
Já faz cinco décadas, e nunca finda,
A ansiedade ao peito me aconchega,
Cresce a desiluzão e a paz não chega
Para livrar-me desta dor infinda.
Chegou à velhice e chegaram às dores,
Vieram e se foram fortuna e alegrias
Foram-se às amadas, e junto, seus amores.
Hoje habitam meu peito nostalgias,
Não guardo ódios, nem tenho rancores
Na cruel tristeza de solitários dias.
Mestre Egídio