JARDIM ENCANTADO - II - SAUDADE

Descubro que a saudade é um fado

Sinto-a na alma só de em ti pensar.

Não sabia até pouco o que é ser fadado,

Não imaginava ser sintoma do amar.

Sinto-me a caminhar ao teu lado,

E a abstrair teu perfume do ar,

E cheiro-a como prometeu alado

E acaricio com a força do meu olhar.

Ou com o calor de mim emanado

E transmito-o num leve e sutil roçar

Dos pelos dos braços de enamorado

E te faço aconchegar e me beijar

Com os lábios, com os braços atados

E com o ardor de peito a suspirar...

Dirceu Marcelino
Enviado por Dirceu Marcelino em 20/04/2008
Código do texto: T953961
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