Soneto / Vivia a lembrança do passado
Esperançado estava dessa tua enxerga,
Vivia a lembrança do passado,
passada na cama a teu lado,
Eras doce como mel, meu pénis não verga.
Tal era a tesão que me davas,
completamente ébrio de ti,
que não vi quem chegava aqui,
teu sabor a mel na lua me deixava.
Nessa pequena e despojada cama,
que ficava na mouraria,
Dispensava sua má fama.
Que naquele lugar se vivia,
pior só o bairro de alfama,
Muito cedo eu aprenderia.
Alberto M . de Campos