Soneto da infelicidade
Ah! Coração que dói,
Por amar e não ser amado;
Ter que viver em um mundo disfarçado,
Num corpo com paixão atormentado.
Este amor que se faz despercebido,
Parece que vive em rosto camuflado;
Prisioneiro deste amor não divulgado,
Por achar que não será compreendido.
Amor que na beleza do mar é afogado,
Mas no corpo é todo incendiado;
Pertencente a um ser acovardado.
Sem coragem para falar sem ironia,
Soltando palavras de amor para que um dia,
Possa viver o amor em eterna companhia.