Perfume

Perco os pontos, costura e vestido,

Quando lido em teu peito fechado,

Que é o prado que ajeito em gemido,

Neste ouvido que dura ao meu lado.

E afogado em meu cheiro e lisura,

Inda apura o desejo do leito

Que ora aceito e manejo em loucura,

Qual tortura em braseiro que deito.

Nosso feito profano e ligeiro

No terreiro celeste que almejo,

É o gracejo a que deste o roteiro,

Cavaleiro de pano a varejo.

Já festejo este aroma perfeito,

Que deleito de ti, meu engano

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Meus primeiros passos em "Cançao de amigo", Voz lírica feminina.