Às vezes chuva, às vezes rio..
Se por vezes sou o rio adormecido
Se por vezes sou a margem revoltada
Sou por vezes o mergulho apetecido
mas nunca eu sou a foz amordaçada!
Se descubro em mim algumas vezes
Onde a noite me levou em desespero
Finjo que me esqueço certas vezes
Das vezes tão certas do que quero!
E no fim se o sal sorvo aos desenganos
Sou às vezes pelas trevas as antíteses
De uma chuva de sorrisos nubianos.
E se às vezes, ando em sonhos levianos,
Tenho vezes que me concedo aos deslizes
Na chuva que é destino de rios e oceanos.