Agora morro a esmo...
Agora morro a esmo, sozinho de mim esquecido de outros
A alvorada de meus pequenos dias já se esgota
Argumento a morte companheira palavras já ditas
E me vem o remorso dos dias não vividos em paz.
Embebesido em pequenas taças de vinho tomo a vida
Sobre a estante retratos, livros, poemas e um espelho
Empoeirando e acumulando lembranças mortas
Queima sobre o pequeno oratório a vela do tempo.
Um corredor de portas fechadas emperradas pelo medo
Apenas uma fresta de luz por baixo delas, um amor esquecido
Pela janela vejo a chuva fria cair formando rostos, choro solitário
Um grito preso na garganta a lagrima caída molhando a escrivaninha
Lembrando um perfume da velha vida abandonada cadê meu rosto
Um espelho quebrado um coração partido... Morro a esmo esquecido