Cânticos do Pensamento

Não paro de ouvir o assovio do vento

A flébil e dulcíssima ilusão que voa

A pássaro inerte que entoa

os cânticos vindos do pensamento.

Este sonho em todo vão momento

Alucina a alma sequiosa e atordoa

Faz brotar este vil e acético sentimento

Que em tempo a tempo se fez a toa.

Vivendo assim neste ostracismo errante

Busco o sol que não reluz no coração

E a cada dia se faz inútil e distante.

Resta a madrugada onde a poesia aflora

E choro como quem sorri na canção

Sorrio na canção como quem chora.

Robinho- Bin