SOLIDÃO
Tristonha, procuro refúgio para minha dor
nesta solidão que oprime todo meu ser
somente, pensativa, fico à espera do amor
de um alguém que é a razão do meu viver.
Porém, se estou só, a minha alma se rebela
contra os prazeres sadios da vida
mas enfim, bendigo a natureza que é bela
cheia de esplendor e sempre mui querida.
A beleza da natureza me oferta
grande felicidade, qual um hino em festa
sinto-me mais confiante e confortada.
Que Deus lance a sua mão sobre mim
a sua bondade, sem igual, não tenha fim
como o perfume duma rosa desabrochada.
Teresina, 1960
(Do livro "Caminhos", Teresina, 1986, página 17)
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