Do cupido...

Brincando certo dia o cupido

Atirou para o ar a sua seta

Esperou com um sorriso atrevido

Que o alvo fosse a alma dum poeta.

No momento o poeta estremeceu

Sentiu dentro do peito estranha dor

Algum tempo mais tarde ele entendeu

O mal de que sofria era de amor.

Sorrindo o cupido distraído

Sentado numa nuvem, sem ruído

Ouvia do poeta tristes versos.

Quem passa pela serra hoje em dia

Ouve na voz do vento a poesia

Num eco de poemas já dispersos!

EvaLuna
Enviado por EvaLuna em 08/04/2008
Código do texto: T937055