SONHA, ENTERNECE E FINGE

Em especial quando o poeta finge
Porque sendo ele um galanteador,
Muito mais sua poesia atinge
A todos quantos o sabem um doce fingidor

Não é a poesia etérea, abastrata,
E o vate dessa fantasia o seu condutor,
Manejando versos revive e retrata
Dos olhos a beleza, da alma o desamor?

Não queiram do poeta o pensar concreto,
O real, o perceptível, mas peito aberto
E coração que devaneia, ama e cinge

Cobrem dele, sim, apenas e tão somente,
Não ser só pragmático, mas indolente,
Sim, alguém que sonha, enternece e finge
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/04/2008
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T934926
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