Soneto de Amor e Veraneio

Louvemos da primavera a dádiva infinita

Do amor em flor a contínua renovação

A benção de esplendor na boca do verão

E da paixão a voz que fere e incita.

Louvemos do amor a prece transcendente

A graça tão suave, a poderosa benção

A sutil palpitação; a face sem paixão

É como a morte do sarcasmo repelente.

Louvemos! Que toda prece divinal da carne

Acenda do desejo o íntimo alarme

A par de Venus e seu mais sacro enleio.

Fundemos o gozar celeste desse louco veio

E cantemos loas ao unir do desejo ao charme

No sangue, na alma, no amor, na carne.