Deus ex-machina
Para a Elke Maravilha
Às vezes choro... de cortar cebola...
Às vezes rio... de não saber nada...
Às vezes sofro... entre a cruz e a espada...
Mas tudo passa – fica só a escola.
Nem toda lágrima é dor derretida...
Nem todo adeus é rosa murcha e morta...
Nem todo fardo é cruz, nem toda porta
é uma passagem fina... ou permitida...
Viver é um palco entre cinco paredes...
Às vezes, uma cena é sem ensaio...
Às vezes, um ator muda de idéia...
A vida é o teatro ao céu, e quem se perde
no texto, em breve encontra, de soslaio...
aplausos! pois toda noite é de estréia.