Soneto da Perda

Sutil e lenta, amarga e constante

Engano achar que só se perde o que têm

Tristeza perceber que só se perde

O que nunca se teve.

Ás vezes sua chegada não é esperada

Outros á sua espera, não a vê chegar

Não posso crer que voltarás...

Cansado de perder, jurei jamais permiti-la

O costume deixa que se escorra pelas mãos

Até mesmo o mel.

Lutarei até o fim, mas não,

Não a minha volta ela rondarás.

Percorrerei o mais longo e acidentado caminho

Pra que eu desfaleça sem ver o seu final.

Donna Kell
Enviado por Donna Kell em 05/04/2008
Reeditado em 13/07/2008
Código do texto: T932517