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 De sonhos escondidos, abstratos,

Eu traço as linhas de um Soneto.

Na junção desses versos, eu maltrato

A mais cândida estrofe do quarteto!

 

Quero cantar contigo esse ato

Na suave harmonia de um dueto.

Quero eternizar-me no retrato

Que guardei de mim, em branco e preto!

 

Escrevendo poemas, versos rudes,

Em rimas eloqüentes e vazias,

Encerrando amores e quimeras...

 

Consenti-me um tempo de espera,

Abafei em meu sangue a Poesia,

Sepultando os versos, quanto pude!

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