De sonhos escondidos, abstratos,
Eu traço as linhas de um Soneto.
Na junção desses versos, eu maltrato
A mais cândida estrofe do quarteto!
Quero cantar contigo esse ato
Na suave harmonia de um dueto.
Quero eternizar-me no retrato
Que guardei de mim, em branco e preto!
Escrevendo poemas, versos rudes,
Em rimas eloqüentes e vazias,
Encerrando amores e quimeras...
Consenti-me um tempo de espera,
Abafei em meu sangue a Poesia,
Sepultando os versos, quanto pude!
******