Desafio!

No silencio rude, a solidão consome,

Lembranças à tona, da nata a gordura.

Significante sobrenome, desbotado some,

Exibe o sofrimento como auréola de candura.

O encanto estafado, num canto, não se agüenta,

O deslumbramento, sensação que evapora.

O dia de sol dourado, agora é noite cinzenta,

Olhos cegos, não vêem a luz da aurora.

A lucidez transitória não permanece

Aparece e desaparece entre as sombras

A luz no fim do túnel empalidece.

A vida reduzida num opróbrio tufe

A negatividade o desafio do sim

Virar a página, renascer do fim...

Campinas, 02/04/08.