Alma desarmada

Agarro e lanço contra a parede

O corpo vil, um molambo inerme

Ouço o quebrar dos ossos seus e treme

A face horrorosa que arqueja...

Debalde ele levanta e lança rede

S' agiganta faz-me como um verme

Com longa clava fere-me no cerne

E sangro então em nova vã peleja

Os olhos meus, inútil arrancá-los

Dissera-me um vez Guimarães

São feras bradadoras, loucos cães

A mente, é esta estranha que perdura

O sofrimento e toda a candura

do gozo de viver em sã loucura.