O Sacerdócio do Bardo

Na calma vaga noturna se inquieta

A liríada, consagrada festa do poeta,

Ele convida os djins a bailar brando

Os amores nobres das esferas consagrando.

Ele abençoa as altas flamas seletas

Que apaziguam os ardores dos ascetas

Em sua voz nascem ecos de luas

Ecos de musas festejadas, nuas.

Voa, esculpe ao mundo estátua bela

Despreza os uivos da louca procela

E as perdas todas da existência incerta

Ele navega o barco santo das esferas

Ele soluça a aflição trágica das eras

Ele é o sacerdote, o inspirado poeta.