RESSEQUIDA
“Uma flor não sobrevive sem orvalho,
esqueceu-se de cuidar,ela morreu...
Más nunca será esquecido, penso
sempre em ti e cada Dezembro,
lembrarei mais ainda!”
XAMA
Perdoe meu amor pela ausência
Aquela flor, outrora, tão regada.
Agora jaz chorosa – abandonada –,
E não há sentimento, nem clemência...
Quero regar, porém, não adianta
Está já ressequida pelo sol –
Aquele do abandono – um arrebol,
Por isso essa tristeza é grande – é tanta...
Quando chegar Dezembro finalmente,
Me lembrarei dessa fornalha ardente
Que foi-me tão – qual belo canto...
Talvez já seja tarde - vai-se a vida
Devia ter regado à ressequida
De orvalho; e agora rego com meu pranto...
29/03/08