SONETO DO AMOR INGRATO

Eu vivia minha vida sem pensar
Que tão logo tu me fosses enganar
Tolice do meu penhor que acreditava
Que cada dia meu amor te transformava

E, às minhas custas, amor, tu subiste
E não pensaste nisto quando me traíste
Pensavas então já estares preparado
Para não me ter adiante ao teu lado

Mas não viste, amor, e eu bem sei
Que a vida que tu vives eu te dei
E a vida que tu tinhas era enfadonha

E quando, daquele lixo, eu te tirei
Tu não viste, amor, e eu bem sei
Que a vida que tu tinhas era vergonha

Luciano Teixeira
Enviado por Luciano Teixeira em 29/03/2008
Código do texto: T921774
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