SONETO DO ESTADO DE GUERRA
Em vão, tu pensarás que és feliz
Mas me diga qual mal grande eu te fiz?
Nenhum, eu sei, e eu hei de entender
Não sou triste no que te acontecer
Eu tenho meu direito de defesa
E pobre de você com sua esperteza
Não sabes que tão logo, na surdina
Te matará minha mão assassina
Não desejo, contudo, que esqueças
E tão menos eu quero que pereças
Pois tu tens tanto mais que aprender
Desejo que tu fiques levantado
E que eu já te tenha perdoado
Pois não terei piedade de você