Fantoches
O corpo , as faces, coloridas fantasias ,
Abraça as cordas altas, flutua , voa ,
Sem perceber o despertar das magias,
As melodias, passos que dança, entoa.
Há tristezas , alegrias a sorrir da vida ,
Em cada salto, em cada sentimento ,
O fantoche não se vê, não pesa a perfídia ,
Vive sem cara o instante , o momento .
Nada , nada importa , nem o prazer ,
Nos fios dos sorrisos apagados da alma.
É apenas o homem suspenso no lazer.
Perde em si a lasca , a casca, o sumo ,
Sepultado na sua própria selva, grita por
Perdidos dias que foi inteiro, não uma dor.
27/03/08