Delírio
Que grande imensurável vontade ,
No meu pardo olhar jaz harmonia,
Uma tal ânsia meu peito invade,
Essa enorme vontade, me extasia
E nesta hora o concavo me guia
E num convexo minh'alma alarde,
Num perfeito sentir, a pena guia;
Um delírio perfeito, indo a tarde.
Sentido e simetria em deidade...
Unir-se-ão numa pura equidade,
Do mais sublime que em meu peito ia...
Entre um bocejo o corpo reclama,
Ensonadas num vaso sem rama
Todas as rimas da minha poesia
Cecília Rodrigues
Março_2008