Soneto/ que te tinha no meu leito
Amanhecia no vale e nós espreitando,
por entre os lençóis de linho,
puséramos a robusta enxerga em desalinho,
mas continuávamos nos entregando.
Tivera-te pela primeira vez,
Sentira tua pele macia roçando a minha,
e isso me causava arrepios na espinha,
mas desejava sentir tua maciez.
Como se previsse ser a ultima vez,
que te tinha no meu leito,
quando te olhava via tua palidez,
Seria certo o via, ou era meu jeito,
Deus por favor lhe deixa sua avidez,
avidez de vida, se possível dou meu peito.
Alberto M. de Campos