Soneto / Entre os lençois de linho

Gozo teu olhar que me chama,

para gozar-mos nossa avidez,

que me faz gozar ate á palidez,

entre os lençóis de linho da tua cama.

Quero ter a certeza que esse ardor,

que pões em teu frenesim,

o fazes pura e somente por mim,

ou se é uma prova de teu amor,

Se o não é, não digas,

poupa-me a essa desgraça,

porque sabendo maldigo minha raça,

Que este amor,a quanto obrigas.

Obrigas a refugiar-me nas altas serranias,

onde não quero ver ninguém,

pois tiraste vontade de acreditar nalguém,

acredito que farei algumas vilanias.

Alberto M. de Campos

Alberto M de Campos
Enviado por Alberto M de Campos em 27/03/2008
Código do texto: T918482
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