Meu Guardião
Esquecerei tuas mãos de novo agora...
Teu carinho me seduz e me esfola
tornando-me obscura criança tola
que se ajoelha e reza, implora e chora...
Esqueço os teus beijos, mas teus afagos
hão de acompanhar-me às tantas mansões
por onde perambula o que tu pões
no meu coração – lágrimas e estragos...
Não mais ouço a lira das tuas promessas,
nem mais creio teres mãos benfazejas,
pois sofro e tu... e tu nem te interessas...
O teu espírito nunca foi nu...
Agora, não me importa quem tu sejas...
Eu tenho um Guardião Maior que tu!