COGITO


Pranteio essa dor de nunca saber amar
Receio não conhecer todo meu próprio ser
Contudo, sei a um só tempo partir e ficar
Gosto de lembrar, porém temo esquecer

Se num mero galope persigo o tempo
Alcanço esse nada imperceptível
Sou daqueles que jamais amam o momento
Enxergo sem ver, percebo o invisível

Quando desejo, agarro-me à vontade,
Quanto sei que o lembrar é maldosa saudade!
Sim, cogito que existo porque penso

E, tentando cogitar entendo que vivo
Sou solidário humano porque sirvo
Mas não busco ser perfeito por bom senso
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 25/03/2008
Reeditado em 09/07/2008
Código do texto: T915801
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