! Inconsolável Poesia !
Versos ingratos , tão cheios de armadilhas ,
Quando surgem sonhos, arrombam cortinas.
Chove , as mãos gritam como afogadas ilhas ,
Sem importar a cor do céu, o rolar das páginas.
Macabros, ingratos, tão cheios de maldades !
Implora o poeta que a lua pare, ela não pára ,
Aos vazios versos ,ocos versos das fatalidades ,
Dizendo adeus as letras mascaradas, sem cara .
Palavras masoquistas enfrentam tempestade.
O próximo momento é o próximo real momento ,
A fúria , o pesadelo despertando nua fragilidade.
A alma açoitada, sangra em vendaval miserável ,
A dor se entrega,os braços anulados , tão cansados .
Derrotada, enterra viva a poesia inconsolável.
24/03/08