Poeta da Madrugada
Prisioneira da poesia, das madrugadas,
Eterna pensadora das sinuosas curvas ,
Desmancha em tardes quentes , aladas,
Arrombando vidraças, colhendo chuvas.
Cultiva em chamas os clamores da imaginação ,
Sussurros,melodias, castelos de cristal, açúcar,
Criando expectativas suaves que viram ilusão,
Palavras arquitetando , acendendo o coração.
A alma poeta dispersa na pensada pausa ,
Entre vírgulas, no meio da página que não virou,
Atenta ao encontro,estrelas que a lua espera.
O inesperado corrige o tempo,brota o chão ,
Nos pulsos que sonham sorrisos de verão ,
Somem sombras,afirma a sede de emoção!
23/03/08