FEITIÇO EM TRÊS SALVAS

Eis que vos venho falar, ò Senhora
Não sei que bem mal me serve agora
Mas em meu coração há a certeza
De que há algo de errado na esperteza
 
Não sei o que houve, mas duvido
Que não caia nas graças do marido
Ah, Senhora, e se eu souber de fato
Afasta-o de mim senão eu o mato
 
E se, ao findar, houver o que ouvido
Eu sei o que houve, mas duvido
Que me tenhas a coragem de outrora
 
Que o passado só seja sua incerteza
Pois hei de roubar toda a leveza
Que doravante lhe trará a aurora
 
*****
 
Ele nega, mas não sei se acredito
Loucura insana, coração maldito
Saias do meu caminho velozmente
Pois teu amor aqui jaz descrente
 
Mas se outro for aquilo que me ocultas
Pegas, pois, nosso amor e o sepultas
Que te esqueças de mim e do que sou
Não saibas de onde vim e aonde vou
 
Que em teu coração ele morra forte
Sem saber, rumo, direção e norte
Antes da vergonha do acontecido
 
E se, ao findar, souber que me traíste
Ficarei com a alma louca e triste
E tu, ingrato amor, terás falecido
 
*****
 
Ò Deusa, a dúvida se fez certeza
Mas não há validade na esperteza
Pois que sua valia se perde agora
E este amor já se esvai sem demora
 
E não era mesmo mais que na hora
Hora de correr e ir-me mundo afora
No futuro, me espera com ardor
Aquele que merecerá o meu amor
 
Ó Deusa, então ouve o meu chamado
E me faça deveras confortado
Não haverei de chorar ou de morrer
 
E quando as nuvens se dissiparem
Em vão, que nossos olhos se deparem
E não haverão lembranças de você

OBS: dos meus velhos tempos de Wicca. Obrigado grande Deusa, por tudo.
Luciano Teixeira
Enviado por Luciano Teixeira em 23/03/2008
Código do texto: T913586
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