SONETO DA SAUDADE
Que dor, pesar é este que me invade?
Alma de bardo, cá tenho aqui dentro
Paz almejada, alma de convento
o coração diz: saudade, saudade...
Vejo a fluir, atiradas ao relento
Que preço pago por felicidade?
Lembranças vãs, descabidas à maldade
Loucuras do meu ser neste momento
E porquanto tu me vens ao pensamento
Sem esperteza, incerteza e vaidade
Com o coração a inundar-se: sentimento
Mas porque tens esta infelicidade?
Pois não sabes, meu bem, a quanto tempo
Eu prefereria ver-te em liberdade