MALQUERER
Infeliz sou, perdido e dividido
Que não amo realmente quem me ama
E meu peito jamais sequer se inflama
Cá dentro bate um pulsar deprimido
Vivo entre as sombras do malfazer
E escondo meus trapos com vergonha
Pois ele, meu Deus, sequer nunca sonha
Que me reviro neste aborrecer
Corro para os lados, o vejo além
Graças a Deus que o olho distante
Longe do meu mal que não o quer bem
Desejo, meu senhor, neste instante
Que ele jamais me fique aquém
E viva pleno daqui em diante