ALMA DOS POETAS
Ah, mal de poeta que me desencanta
Ah, mal de poeta que me desencanta
Assim que o sol se põe ou se levanta
Dolosa é a arte que me fascina
Na admirável dor desta minha sina
Nada adiantará mil poesias
E gastar aqui todos os meus dias
A poesia é mal dos inconformados
Dos que têm seus desejos rejeitados
Triste sorte é aquela dos poetas
De escrita doce, almas inquietas
Loucamente descrevendo o que não vêem
E vivem eles suas paixões secretas
Ah, coitadas destas almas dos poetas!
Que desejam, esperam e nunca têm