ALMA DOS POETAS

Ah, mal de poeta que me desencanta
Assim que o sol se põe ou se levanta
Dolosa é a arte que me fascina
Na admirável dor desta minha sina
 
Nada adiantará mil poesias
E gastar aqui todos os meus dias
A poesia é mal dos inconformados
Dos que têm seus desejos rejeitados
 
Triste sorte é aquela dos poetas
De escrita doce, almas inquietas
Loucamente descrevendo o que não vêem
 
E vivem eles suas paixões secretas
Ah, coitadas destas almas dos poetas!
Que desejam, esperam e nunca têm
Luciano Teixeira
Enviado por Luciano Teixeira em 23/03/2008
Reeditado em 23/03/2008
Código do texto: T913219
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