Extravera (ou a quinta estação)
Rompe incauta e lentamente a manhã,
drupa perpétua do agora.
Tudo é esplendor, fortaleza e titã.
(do parapeito perlustro a aurora).
A visão atenuada: aqui e acolá.
O sol que espirra na vereda! E não obstante
vem, tontamente, a bruxa me açoitar,
Já vencendo a manhã do meu instante.
Ah, princesa! O pássaro espana a derradeira brisa.
A primavera se envaidece em jasmim.
- Vê lá, fauna e flora na brilhante ida.
Oh, mas da janela enfoco a tenebrosa. É azul, é negra.
Sobre as flores duvidosas do seu jardim
já habita e voa a mosca varejeira.